segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Quais as ideias centrais de Hall em seu livro: "A identidade cultural na pós-modernidade"?

14 comentários:

  1. A fragmentação do sujeito pós-moderno, a globalização e seu impacto na identidade cultural.

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  2. A descentralização/fragmentação das identidades.
    A variação das identidades a partir das contradições
    O fenômeno da globalização e a ascensão de uma identidade cultural, em face da perspectiva da redução do espaço pelo tempo a partir do mesmo.
    A afirmação da pluralidade no que tange as identidades.
    Não existe uma identidade ou cultura única, assim como, não se pode falar de uma identidade superior a outra, tendo em vista que manifestação cultural que perpassa a dimensão do modo de ser e de viver do indivíduo barganha a concepção pessoal mas adentra a partir das interações sociais a esfera coletiva.
    A necessidade do reconhecimento da diferença.
    Não existe uma identidade singular, as mesmas são contraditórias e são marcadas por processos de construção e reconstrução do indivíduo na sociedade

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  3. O livro traz uma fantástica reflexão sobre conflitos de identidade, abordando: Concepções de identidade, suposta crise causando abalos nas referências sociais mundiais. A globalização impactando a identidade cultural: a interconexão de áreas provoca transformação social. As mudanças no mundo moderno advindas da globalização: a descontinuidade, a fragmentação, a ruptura e o deslocamento. A identidade do sujeito versus a mudança na modernidade tardia. Concepções mutantes do sujeito humano: no mundo moderno, o sujeito perdeu seu apoio nas tradições e nas estruturas. Uma concepção mais social do sujeito; surge cinco grandes avanços na teoria social e nas ciências humanas ocorridas no pensamento, provocando o “descentramento” do sujeito. A globalização e sua influência nas mudanças das identidades culturais nacionais, e consequentemente, abalando o sistema de representações culturais de uma nação “unificada”. A imposição de uma hegemonia cultural unificada subjulgando povos conquistados: criando a tensão onde o global e o local na transformação das identidades. A compressão temporal e espacial “diminuindo” o mundo e “encurtando” as distâncias, acelerando os fluxos e os laços entre as nações: a homogeneização cultural.

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  4. Nas considerações sobre um retorno às culturas nacionais para restaurar identidades passadas, podemos dialogar com a conjuntura atual norte americana, sob a presidência de Trump? Este retorno ao nacionalismo que expulsa os "outros" que ameaçam sua identidade, propõe uma hegemonia q está na contra mão do hibridismo cultural proposto pelas nações modernas.

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  5. As mudanças das sociedades modernas tardias que levam ao surgimento de novas identidades dos sujeitos. Hall analisa o conceito de "identidade" empregado nos estudos contemporâneos, e algumas concepções dos sujeitos, assim como a sua "descentração", trazendo luz também para a questão da identidade cultural dos "sujeitos fragmentados".

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  6. Identidade cultural e sua construção diante da contextualização histórica até o período " Pós- moderno". Além disso, menciona a transformação da modernidade que teria gerado " crise de identidade",a fragmentação e descentramento do homem moderno modificando, assim, o pensar do ser humano a respeito de si e do mundo ao seu redor.

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  7. Ao identificar identidade cultural a pertencimento Stuart Hall se questiona sobre a crise de identidades nas sociedades modernas, agora, descentradas . A partir do final do século XX identidades que unificavam as pessoas se fragmentaram como podemos observar no exemplo do gênero. Embora esse exemplo não apareça no texto, ele me parece elucidativo, pois identidades individuais e coletivas de gênero que se multiplicam nos tempos atuais ultrapassando os paradigmas binários modernos apontando para a fragmentação, descentração dos sujeitos.

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  8. O autor nos faz entender as alterações e a percepção atual sobre a identidade cultural.Ao mesmo tempo, nos elucida a crise de identidade através das três concepções de sujeito em três épocas distintas. O caráter dessa mudança na modernidade tardia. A globalização e o jogo de identidades. A descontinuidade; os laços mais frouxos, fluidos das relações; o passado não é referência. O sujeito é parte ativa e reprodutiva e o controle focalizado por Focault e o argumento impactante de Saussure: "não somos autores das afirmações que fazemos, ou dos significados que expressamos na língua". A compressão do espaço-tempo; os lugares permanecem fixos, mas o espaço pode ser cruzado num piscar de olhos, principalmente com as TICs. Essa tendência a homogeneização; resistência (tradição; fundamentalismo) e novas identidades ( hibridismo)

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  9. O que mais impressiona e nos faz refletir com a leitura de Hall é a dialética vista através dos acontecimentos, onde o mundo fica cada vez mais globalizado, rápido e fluído, características da pós modernidade e ao mesmo tempo assistimos a cenas lamentáveis de xenofobia, como nos recentes casos de regugiados na Europa.

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  10. Hall irá tratar sobre os efeitos da globalização, o descentramento do sujeito e da identidade, vista agora como não fixa, instável, móvel, na pós-modernidade. Para ele, a globalização favorece o deslocamento de estruturas e abala “os quadros de eferência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social (HALL,1992, p.7), um fenômeno que diferentes autores denominam de “crise de identidade” identificada como uma das características da modernidade tardia. As identidades modernas estão sendo descentradas e deslocadas (HALL, 2006).
    Hall (2006) analisa concepções de sujeito cujos rastros permanecem articulados, ainda que ressignificados, nas formas de pensar a identidade, o que podemos pensar que possibilita um forte impacto nos projetos educacionais. A primeira delas diz respeito ao sujeito do iluminismo e que tem como pressuposto um ser pleno e unificado, autoconsciente pois dotado de razão, consciência e ação, esse centro era um núcleo interior. “O centro essencial do eu era a identidade de uma
    pessoa” (HALL, 2006, p.11). Era uma visão muito individualista do sujeito. A complexidade do mundo moderno põe em questão essa individualidade, o núcleo interior do sujeito deixa de ser concebido como autossuficiente para ser entendido como resultado da relação construída socialmente, cambiando valores, sentidos e símbolos, representados pela cultura, na sociedade que ele habitava. Uma identidade constituída na interação entre o eu e os outros. Nessa perspectiva também está presente a ideia de uma essência interior, mas ele é passível de ser mudada por meio do contato com os mundos culturais e identidades exteriores existentes no mundo dispõem. Dessa forma, a identidade preenche o vazio entre o interior e o exterior, entre o pessoal e o público. Uma identidade que costura o sujeito à estrutura (HALL, 2006, p. 12), tornando os sujeitos e os mundos culturais estáveis e unificados. Nessa perspectiva, o “eu” é inevitavelmente performativo (HALL, 2000), não existe como identidade pura, única, imutável. O autor assume uma postura desconstrutivista para colocar o conceito de identidade “sob-rasura”, entendendo que a forma original (fixa) já não é
    suficiente para dar conta da compreensão dos fenômenos sociais. No entanto, o autor não propõe o total abandono do conceito, mas propõe pensá-la abandonando a ideia de essência e de fixidez, para pensá-la de uma perspectiva de construção discursiva. E como construção discursiva a identidade não tem existência em si, ela se constituí de forma relacional que obedece a lógica da différance (HALL, 2000, p.104). Essa compreensão leva Hall a propor pensar em processos de identificação, sempre discursivos, relacionais e contingentes.
    A identificação é condicional e alojada na contingência e estando assegurada, não anula a diferença. Trata-se de “um processo de articulação, uma suturação, uma sobredeterminação, e não uma subsunção” (HALL, 2000, p. 106). Essa concepção, nos faz refletir sobre o conceito de cultura, que também não é fixa e única, e o impacto dessa descentralização do sujeito e da identidade na centralidade da cultura. Hall afirma que o conceito de cultura vem se transformando na medida em que as trocas culturais se intensificam por processos favorecidos pelo avanço tecnológico, em meio à globalização. A compressão do tempo e do espaço que as novas tecnologias possibilitam permite mudanças na consciência, pois vivemos em mundos múltiplos e virtuais.
    Podemos pensar que a ascensão das tecnologias de informação e comunicação mobiliza a criação de redes de relação entre comunidades e organizações com histórias distintas, com diferentes modos de vida, com experiências culturais diversas. As tecnologias de informação e comunicação possibilitam um maior contato com essas experiências e impactam os modos de viver, os sentidos que as pessoas dão à vida, um movimento que favorece os deslocamentos culturais.

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  11. Assim como pontua Hall (2004), as discussões acerca da Identidade tem se propagado em diferentes espaços e contextos. Questionar-se sobre quais seriam as influências da "crise" de identidade na modernidade é um dos pontos na proposta e estruturação da escrita do autor.
    A partir das ideias discutidas anteriormente pelos colegas, proponho uma transposição para o contexto educacional, em especial, àquele que se refere a formação de professores. Ao tratar das três concepções de identidade, Hall (2006) chama a atenção para as diferenças e implicações do sujeito do Iluminismo, sociológico e pós-moderno na sociedade. Atualmente, é possível dizer que a formação de professores tem estado em constante conflito entre o sujeito sociológico e o pós-moderno. Segundo Hall (2006) " a identidade é algo formado, ao longo do tempo, (...) e não algo inato, existente na consciência no momento do nascimento(...)", sendo assim, a identidade do professor seria construída ao longo da sua trajetória profissional.
    O aluno-professor, o professor no início do exercício no magistério, o professor após seus cinco, dez e vinte anos de trabalho, não possuem a mesma identidade. Nessa perspectiva, ela se transforma e se ressignifica nas relações estabelecidas nos cotidianos formativos. Nesse contexto observa-se atualmente, que cursos de licenciatura têm buscado repensar as práticas e metodologias utilizadas no âmbito acadêmico. Esse movimento se justifica pelas influências externas e pela necessidade de uniformização e reestruturação dos cursos de formação. Pode-se destacar como exemplo da busca de uma uniformização, as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada (2015). Há uma real preocupação em abarcar todas as licenciaturas, tendo em vista que, às diretrizes anteriores se restringiam apenas ao curso de Pedagogia. Nesse movimento, muitas instituições tem se perguntado: O que deve prevalecer/ conter na formação do licenciando que o faça se constituir e se transformar durante sua trajetória de formação profissional? Quais aspectos devem ser valorizados na formação docente, tendo em vista as transformações da sociedade e as influências da globalização nas relações humanas?
    Nesse sentido, proponho ampliar o questionamento de Hall (2006): estaríamos sofrendo um período de homogeneização cultural e homogeneização formativo? Eu não acredito nisso, mas sei que poderemos aprofundar tais argumentos durante as leituras e discussões na disciplina.

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  12. Hall (2004) analisa, em "A identidade cultural na pós-modernidade", os impactos do processo de globalização sobre as identidades culturais nas sociedades, dando ênfase às descontinuidades, rupturas, fragmentação e deslocamentos presentes nas sociedades pós-modernas. O autor observa que os indivíduos não possuem identidades únicas e estáveis, pois cada pessoa possui uma identidade fragmentada, composta por várias identidades. Os grupos de indivíduos não são homogêneos, porque sempre apresentam uma pluralidade de ideias. As recorrentes mudanças estruturais na sociedade provocaram uma fragmentação das paisagens culturais, de gênero, sexualidade, etnia, nacionalidade, etc., e com a mudança na identidade social e cultural ocorre também uma mudança na percepção que temos de nós mesmos. Assim, podemos perceber o surgimento de novas identidades, essas, muitas vezes, com certas contradições decorrentes do fluxo intenso das transformações sociais.

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  13. Achei interessante essa reflexão de Mia Couto, ele pondera sobre a velocidade característica do mundo contemporâneo, “uma espécie de corrida infrutífera para não ficarmos desatualizados”, que torna tudo efêmero, vazio:mas será que continuamos protagonizando nossas vidas? “Não precisamos de mais tempo. Precisamos de um tempo que seja nosso”
    Deixo o link pra vcs assistirem o vídeo https://www.youtube.com/watch?list=PLLLCDXQNWVo1IZienptNj2UbdGkS-e4a4&v=_FTXYwW9X90
    Como é importante reconstituirmos essa concepção corpórea na nossa vida...

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  14. Este comentário foi removido pelo autor.

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